sexta-feira, 6 de outubro de 2017

GTD - Espaço Físico




OBS: Se esse é o primeiro post deste site que você abre sobre GTD, sugiro que comece por aqui

Um espaço físico organizado deixa a mente limpa pra realizar a atividade da melhor forma. Se você sabe onde está aquele documento importante que vai precisar pra terminar um projeto torna tudo mais fácil do que se você tiver que gastar uma tarde inteira procurando por esse documento.

Dessa forma David Allen trata a organização do espaço físico essencial, afirmando que devemos ter um “escritório” (o seu local de trabalho, pode ser até aquela sua mesinha simples) e o seu escritório em trânsito também. O escritório em trânsito é uma pasta com aqueles documentos que devem estar sempre com você.

Escritório: Para organização do ambiente no processo em que você irá coletar todas as informações pendentes (até aquele folheto que você pegou na rua e achou que podia precisar um dia) você vai precisar de:

  •  Bandeja de coleta desse materiais (será sua caixa de entrada);
  •   Papéis em branco para anotar algo que venha em sua mente que precise ser resolvido (esses papéis também serão colocados na bandeja);                                                                                                                                                     
  •   Pastas etiquetadas para guardar arquivos de referência, arquivos de projetos.
  • Calendário para definir ações futuras.                                                                                                   
  • Cesta de lixo para os papéis inúteis que surgirão.

Escritório em trânsito: deverá possuir sua agenda (muitos usam o celular), arquivos de material de trabalho ou leituras que você pode fazer no seu tempo livre.

Agora que você já sabe o que precisa, o próximo passo é começar a coletar tudo, absolutamente tudo que está pendente em sua vida. Aquilo que ocupa sua mente, aquele papel antigo no fundo da gaveta, tudo deverá ser coletado em sua caixa de entrada para posterior processamento e definição do que será feito.

Sendo assim, no próximo post falaremos sobre esse processo de coleta. Você pode voltar para o índice do GTD clicando aqui.

O oceano no fim do caminho - Neil Gaiman




O Oceano no fim do caminho é o terceiro livro que leio do Neil Gaiman, o primeiro foi Coraline e o segundo foi Os lobos dentro das paredes. Como de se esperar desse autor, os dois livros que li primeiro são de temática de mistério, simbologias, assim como O Oceano no fim do caminho. Entretanto este livro me chamou atenção pelo caráter intimista da história e pelo o autor resolver colocar um pezinho a mais na realidade.

O livro conta as memórias de uma homem de meia-idade que ao voltar para um funeral em sua antiga casa que morava aos sete anos lembra de acontecimentos antes esquecidos. Em uma fazenda próxima a sua casa ele recorda as vivências com Lettie Hempstock, uma antiga amiga. 

Naquela época, um homem havia cometido suicídio dentro de um carro roubado no fim da estrada. Sua morte despertou escuridão e magias incompreensíveis e sua amiga Lettie prometeu protegê-lo, não importava o que acontecesse.

  
No livro podemos perceber e lembrar em nós mesmos dos artifícios que usávamos quando crianças para lidarmos com descobertas muitas vezes assustadoras. A capacidade de imaginação da criança para proteger-se dos perigos dentro e fora de si mesma. 

Dessa forma, Neil Gaiman nos faz mergulhar em nossa criança interior muitas vezes esquecida, que via em todo ambiente e situação o grandioso, o desconhecido e ameaçador à espreita diante de nossa pequenez. Fingimos que nunca vamos nos esquecer de quem fomos quando éramos crianças, entretanto com o tempo e novas descobertas vamos submergindo desse lago de lembranças e Neil Gaiman, com O oceano no fim do caminho nos afunda de volta nesse lago de memórias.

Os rios morrem de sede - Wander Piroli




  

Os rios morrem de sede de Wander Piroli e ilustrações de Lelis em edição belíssima da COSACNAIFY trata de um pai levando seu filho para pescar em um antigo riacho em que costumava ir com seu pai, entretanto o riacho tomado pela poluição está completamente destruído para pesca ou apreciação. O autor aborda assim, de maneira natural e delicada o ensinamento sobre a importância da preservação do ambiente.

As ilustrações de Lelis são uma obra prima a parte:

  

 

 O pai embora ciente de que o riacho quarenta anos depois está convertido em um córrego envenenado pela poluição leva seu filho Bumba para aquela experiência de descoberta do que a insensibilidade e ganância dos homens é capaz com a natureza:

 “Ele vai comigo como se eu estivesse indo com papai e nada tivesse mudado... Eu sou o Bumba e Bumba sou eu. Como papai então era eu, e agora eu sou ele”.
 
 

O livro é uma excelente história infanto-juvenil da ligação entre pai e filho e da descoberta da importância da natureza na construção da relação de uma forma mais sensível.