No meio da tarde, horário de
almoço, em local abafado pelo tempo e sem esperança de qualquer climatização
melhor. O restaurante estava quase vazio, quando no telefone o assunto era de
empolgação. A voz deixava alastrar-se no
assunto acalorado. A descrição revelava-se no que parecia ser uma inimiga feroz, uma cobra
a dar o bote; perto dela vilões de novelas e cinemas seriam donzelas indefesas.
A concordância quanto ao assunto do outro lado da linha permitia ver que não
restavam dúvidas da maledicência da dita cuja a que falavam. Entre avisos de
fingimento e dissimulação, as pausas se perfaziam somente para ouvir o
enriquecimento de detalhes perversos. Ah...
esse mundo anda muito cruel, o que seriam das pessoas bondosas e incólumes se
não fosse uma ligação ,em uma tarde quente, para um aviso da
indecência humana.
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