Disseram que eu não podia sorrir.
Disseram que eu não podia brincar.
Disseram que isso tudo era coisa de malandro, e que pra malandro a vida não dá.
Disseram que tinha que ter chão.
Disseram que eu não podia pisar.
Disseram que existia uma linha e eu teria que seguir por lá.
Segui pelo caminho e esperei o futuro brilhar.
Sorri pro que me mandaram e segui sem pestanejar.
No dia bem no futuro, tendo ainda muito a trilhar.
E essa linha sempre a me dizer que um dia há de chegar.
Com o tempo vi percebido se essa linha teria um fim.
Sigo o meu caminho e ela que manda em mim.
Num dia ensolarado o malandro me disse assim:
O mundo é do esperto, botaram cabresto em ti e eu sou é muito grato do malandro que há em mim.
Hoje não quero ser reta.
Hoje não quero o que a vida dá.
Mas sigo aqui parada, não sei por onde andar, pra trás já não sei seguir e pra frente o que é que há?
O malandro me disse então que certeza o mundo não dá.
Se segue o caminho da reta ou se vai sempre a dançar.
Que diferença é que faz, se pra frente você andar, tu pode seguir mais rápido, mas que felicidade há de encontrar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário