Chimamanda é feminista na África, e aí você por puro preconceito pensa que as experiências que ela vive como feminista na África sejam mais fortes e cruéis do que em lugares com nível de "desenvolvimento maior". Mas não, os relatos de Chimamanda , são de vivências simples que reconhecemos no nosso dia-a-dia.
1. Como o fato da palavra feminista não ser bem aceita.
2. De existir detalhes que não notamos direito que acontecem com frequência e que lá no fundo desconfiamos serem machistas.
"Sempre que vou acompanhada a um restaurante nigeriano, o garçom cumprimenta o homem e me igora"
" Ensinamos as meninas a sentir vergonha "Fecha as pernas, olha o decote". Nós a fazemos sentir vergonha da condição feminina, elas já nascem culpadas".
3.Chimamanda relata a característica de espera de fragilidade e menos liderança ou imposição de um cargo de chefia comandado por mulher, pois mulheres não podem descordar, estão afetadas, de TPM ou coisa parecida.
4. O fato de sermos criadas para nos preocupar constantemente com o que meninos querem de nos. Isso é visível em revistas do tipo Capricho: "Como fazer ele gostar de você?"; "Do que eles gostam?". Dessa forma, estamos rotineiramente sendo treinadas para nos adaptarmos ao querer dos homens.
5. O fato de respeitarem mais a mulher quando esta em um relacionamento.
6. Hábito de enxergarmos outras mulheres como risco.
Enfim, muitas outras situações em que nos reconhecemos, Chimamanda nos questiona essas ações, para que não as aceitemos. O livro é curto, oriundo de uma palestra da autora, mas é extremamente esclarecedor. Estou ansiosa pela leitura de outras escritas da autora
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