Crie um bicho preguiça, crie um urso, um macaco, seja o que
for, mas não crie expectativas. Será?. Será que não devemos criar expectativas
mesmo, ou não devemos ter medo do erro, da falha, do caminho tortuoso?. O erro é frequente e por vezes temos que ter a sabedoria de considera-lo um amigo.
Imagine-se caminhando contente por um campo verde e cheio de
flores, andando calmamente e depois correndo, você vai acelerando o passo com a
sensação do vento sobre o rosto. Quando... tibum... você topa numa pedra e vai
com a cara no chão. Seu joelho fica ralado e sua cara suja de terra. É como se agora
tudo risse de você e da sua felicidade anterior. E você que anteriormente estava
glorificando a natureza e sua beleza urra contra ela, em raiva, achando que ela
está zombando da sua imperfeição.
Essa escarnio de tudo e todos que imaginamos (e que as vezes
acontece realmente) vai nos deixando com medo de criar expectativas e preferimos
fingir pra nós mesmos que não nos importamos, para quando errarmos a mágoa não
nos consumir.
Então nos poupamos de viver, admitir e correr atrás do que
temos vontade. Remoemos assim os nossos sonhos infinitamente em um futuro inexistente.
Assim o amanhã nos assombra tanto a ponto de nos fazer perder a única certeza
que temos: o hoje. Então nossa mente
fica como se tivesse que correr, quando na verdade a coisas que precisam ser realizadas
no presente acontecem devagar.
A expectativa alimentada com o medo do erro, faz com que
procrastinemos todas nossas escolhas. A cabeça não para de te cobrar e você não
consegue andar, seguir em frente. Tenho que ficar mais magra..., tenho que
iniciar os exercícios..., parar de comer açúcar
A expectativa alimentada com a certeza de que erro virá no
caminho permite aceitarmos que alguns projetos tem que ser adaptados, que
mudamos constantemente, que talvez alguns sonhos sejam adiados um pouco mais enquanto
você realiza outros ou se prepara melhor. Não nos culparmos por tentar é a
chave e se caiu, talvez só deva se levantar e não parar de acreditar.
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