quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Comparação com outros e o que podemos aprender




print from billyshowell.com   É certo que é inevitável nos compararmos. A comparação é um processo que utilizamos para aprendizagens e saber como devemos nos comportar em determinadas situações. É o termômetro usado para aprender com o outro. Entretanto temos que ter ciência do seu poder em nos derrubar em diversos momentos.

      Confesso que estive e estou muitas vezes presa a um ciclo de comparação, em que crio uma expectativa, uma espera de alcance de algo que aparentemente (as vezes são só aparências mesmo) o outro obteve e que eu deveria conseguir. Dessa forma, se me julgo incapaz de alcançar ou inferior por já não ter alcançado tal fato, passo a me menosprezar. 

        Um ciclo vicioso de comparação-expectativa-menosprezo. Um ciclo que estou tentando contornar, me enxergar melhor, não colocar o outro sempre a frente e em um pódio inalcançável. Dessa forma, quando em comparações eu possa enxergar nas diferenças um oportunidade de me ver como um pessoa única, individual, com a serenidade de lidar com quem eu sou, com respeito e a partir daí retirar um aprendizado. 

         Esse aprendizado pode ser gerador de duas reflexões: 

(1 - auto reconhecer as qualidades): sou uma pessoa com características positivas, com diversas conquistas, possuidora de talentos e formas de enxergar a vida 

(2 - mudança) caso enxergue que gostaria de mudar algum aspecto, ver se não estou passando por cima de mim mesma, quero dizer aqui menosprezando quem sou como pessoa. Assim sendo, ter a coragem de encarar os problemas não como algo destrutível, mas sim que eu, um ser em desenvolvimento como qualquer outro posso crescer a meu modo, com minha forma de dar os meus passos, enfim, respeitando meu EU .

      O ciclo assim, é substituído por: individualidade - aprendizado (reconhecer qualidades e o que pode ser mudado) - auto respeito. Um ciclo que precisa ser exercitado até você reaprender como deve pensar a seu favor.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Não há uma você melhor do que a você que você é

Andrew Gallo 1 


          Durante toda vida alimentei em mim uma responsabilidade ferrenha de melhora de mim mesma e ofereci as glórias pra uma pessoa utópica do futuro quem me tornaria. Quando alcançava algum feito, não me parabenizava porque tinha que lutar e conquistar mais alguma coisa para me tornar aquela do futuro que sempre sonhei. Alguém diferente de mim, alguém bem melhor do que eu. 

             Mas, quando você castiga uma pessoa e ela se esforça, melhora e mesmo assim você continua castigando-a, ela se cansa e não quer mais evoluir. Ela não vai querer chegar mais em lugar nenhum, porque, aparentemente o que você quer é inalcançável. Se você não a parabeniza quando ela rompe barreiras e evolui, se você continua a dizer que essa pessoa não é boa suficiente, ela para de se esforçar, ela para de querer aprender, porque você só enxerga o erro. Foi o que aconteceu comigo e passei a negar qualquer sinal de responsabilidade com minha vida e evolução.

              Eu planejava, amanhã farei tal coisa, amanhã praticarei atividade física, e quando o amanhã chegava eu não tinha interesse nenhum em continuar e passei a querer jogar a responsabilidade pra esse eu do futuro, esse eu de amanhã, que merece tantas glórias. A partir daí vi que havia me perdido completamente na imaginação do meu eu utópico. 

              Existe uma parte de mim que quer ser diferente, mas existe outra parte de mim que diz que tenho que antes conseguir apreciar quem sou agora, que só vou conseguir melhorar, a partir da constituição da ideia de que eu não sou um erro completo, um desastre ambulante que precisa se erguer das cinzas e virar uma fênix. 

                Saber que quem eu sou agora é sempre a mais confiável, determinada e com vontade de evoluir que conheço em mim. Não existe um eu vindo dos sonhos que não tem medo de nada e revolverá todos os meus problemas... Quando eu ler mais... Quando estiver me comunicando melhor... Quando eu estiver melhor.... A responsabilidade não está no futuro, mas na pessoa que está aqui, agora, no tempo real, no presente. 

              Entretanto aceitar os desafios do presente só será possível acreditando que eu tenho o melhor agora, eu mesma, confiável e onde posso me apoiar para dar passos maiores, não em busca de um ser perfeito, mas mais experiente que um segundo atrás, oriundos de erros e aprendizados de mim mesma.

              Sou assim, confiável e apreciável, mesmo com defeitos, pois posso aprender e crescer a partir de mim, aprender aos poucos, não evitando os problemas com medo da punição evocada por mim mesma. Mas encarando-os de frente, como desafios do presente aceitáveis para que eu me transforme, vendo no desafio perspectiva positiva. O que posso fazer para que esse momento seja bom? E aceitar as experiências e conhecimento adquirido com o tempo na construção da confiança e aceitação de que o meu eu de agora é o meu melhor espelho.