terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Isla e o final feliz - Stephanie Perkins


Será que estamos prontos quando o amor deixa de ser platônico e se torna possível? No Literatura de Mulherzinha: Isla e o final feliz, Stephanie Perkins – http://livroaguacomacucar.blogspot.com.br/2015/07/cap-1049-isla-e-o-final-feliz-stephanie.html

          Esse provavelmente foi o livro mais água-com-açúcar que eu já li. E olha que eu gosto de livros assim, jovens adolescentes. A história conta o envolvimento da personagem principal Isla quando sob efeito de analgésicos e anestésicos dentários encontra o garoto por quem é apaixonada e age um pouco diferente.

          Toda a narrativa se resume em descrever os sentimentos de Isla com relação a Josh e como eles se envolvem na trama. Tive esperança de acontecer algo mais substancial em relação ao seu amigo autista ou sua irmã lésbica, mas tudo se passa levemente pelo olhar de Isla.

          As partes mais entediantes são as tempestades em copo d’água que geralmente ocorre mesmo em relacionamentos jovens. Entretanto, não gosto de pensar que os jovens são tão alienados. Certo, que posso estar sendo injusta, porque Isla fala sobre faculdades e dúvidas que possui, mas o intrigante é como a personagem muda sua opção de faculdade ao se deparar com a possibilidade de morar perto do seu amor. A autora já perto do final justifica essa decisão mostrando que a personagem descobre que era realmente isso que ela queria, mas fiquei abismada com a fragilidade das convicções da jovem diante do relacionamento. Tudo na história de Isla gira em torno de Josh, a história na verdade é do Josh sob o olhar de Isla.

           Pode-se dizer que a autora quis mostrar os relacionamentos jovens, mas mesmo assim acredito que aja dificuldade da maioria dos jovens enxergar-se num contexto em que um personagem é filho de Senador, o outro é filho de um dos melhores amigos de Kurt Cobain, a outra o pai é rico por vender algum aparato famoso. Jovens que vivem entre viagens de Nova York a Paris.


         Tive que me esforçar pra terminar o livro, minha sobrinha de 16 anos leu ele numa tarde mais não gostou e sua colega de igual idade o leu 3 vezes e o considera um dos melhores livros que já leu (eu espero pessoalmente que ela tenha oportunidade de ler mais livros). Enfim, não gostei, mas tem quem goste.Vale lembrar também que Stephanie Perkins é autora best-seller no Ney York Times, então talvez eu só não tenha tido muita sorte com esse primeiro livro.

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